Se confirmada, uma grande descoberta de cobre animaria a indústria de mineração, que está de olho em um déficit iminente do metal, que tem sido valorizado como um condutor de eletricidade depois que anos de cortes em orçamentos de exploração deixaram poucas perspectivas de novas descobertas.

Foto: Reuters

Em uma nota à Reuters, a Anglo disse que é muito cedo para falar sobre a viabilidade do projeto. Mas a empresa confirmou que recebeu permissão para prospectar o cobre nos Estados de Mato Grosso e Pará, onde ainda não começou estudos.

O projeto, perto da Amazônia brasileira, poderia ser um importante negócio para a indústria de mineração de cobre do país, que ainda está muito atrás do maior produtor global, o Chile.

Mas a localização remota dos 284 blocos, que cobrem quase 1,9 milhão de hectares, representa também inúmeros desafios, como a provável resistência de ativistas apenas poucos meses depois de o governo brasileiro recuar de planos de abrir uma reserva ambiental para a mineração.

“Pode haver (resistência), mas seria perfeitamente administrável”, disse o chefe da mineradora chilena Codelco no Brasil e diretor da Agência para o Desenvolvimento Tecnológico da Indústria Mineral Brasileira (ADIMB) Marcos André Gonçalves. Ele acrescentou que uma grande descoberta de cobre “eliminaria parte da neblina” que paira sobre a indústria.

O que o Anglo parece ter encontrado na Província de Ouro de Alta Floresta, dizem os especialistas, é um depósito de cobre e ouro no estilo pórfiro, geologia típica das minas andinas e responsável por mais de 60 por cento dos recursos de cobre do mundo.

No Brasil, há apenas um exemplo de uma mina em operação com essa geologia, o depósito da Chapada, no Estado de Goiás.

“O conteúdo (mineral) é semelhante ao do Chile”, disse Victor Bicca, diretor-geral do regulador de mineração DNPM, acrescentando que pode ser um “mega depósito”.

Fonte: Portal Terra

 
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