Manchete do Diário de Itabira (MG) trás como matéria de capa a denuncia do sindicato Metabase de Itabira e região.

 

O presidente do Sindicato Metabase de Itabira e Região, André Viana Madeira, denuncia que a Vale iniciou um movimento para justificar a implantação de turnos de trabalho de 12 horas em áreas onde atualmente é praticado o regime de 6 horas. A empresa estaria usando a “justificativa” de melhorar o distanciamento social devindo à pandemia do novo coronavírus para fazer a mudança em algumas minas da região.

A Vale ainda não teria iniciado a implantação do novo turno e sequer apresentou a proposta formalmente, mas André Viana garante que o sindicato é contra a mudança. “Eles ainda não apresentaram a proposta formal e o Metabase não tem nenhum interesse em discutir a mudança de horário. A empresa jogou isso na área para ver se a pressão funciona. Já chegou em três minas perto de nós. Então, estamos fazendo um trabalho de prevenção”, destaca o sindicalista, que também é vereador.

Nas contas de André Viana, uma mudança como esta poderia gerar a perda de até 500 postos de trabalho. “Na verdade, a Vale está agindo agora para tentar pagar o prejuízo que ela tomou e está tomando com os crimes ambientais de Brumadinho e Mariana. E, como sempre, espera descontar nas costas do trabalhador”, avalia.

“O que nós temos aqui é um cenário muito simples. A Vale está vindo com a desculpa da pandemia para fazer mais essa atrocidade contra os trabalhadores. Eles querem aumentar os turnos e cortar postos de trabalho, mas vão exigir que a produção continue inalterada ou seja ampliada. A empresa não admite perdas e eles ainda não superaram os crimes socioambientais que eles cometeram”, destaca.

Foto: Diário de Itabira

André Viana garante que não é admissível a Vale afirmar que está tendo prejuízos. “Isso porque a tonelada do minério no mercado internacional bateu US$ 100. E quanto está o preço do dólar agora? Quase R$ 6. Sem falar que a produção continua trabalhando intensamente, não houve redução das atividades, mesmo com alguns trabalhadores fazendo home office”, afirma.  

Nota publicada no Diário de Itabira.

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