A tragédia se renova sem reparação aos atingidos e meio ambiente!

Passados 5 anos, até agora Nenhuma pessoa ou empresa foi punida pelo rompimento. Após acatar a denúncia do Ministério Público Federal contra 3 empresas e 21 pessoas  a Justiça foi tirando réus do processo e mudou a acusação de homicídio para crime de inundação resultante em morte.

449 famílias aguardam reassentamento:  275 de Bento Rodrigues, 137 de Paracatu de Baixo e 37 de Gesteira, em Barra Longa.

31.755 famílias foram cadastradas em MG e no ES até julho de 2020 para os programas de reparação e compensação. Apenas 10.885 famílias receberam algum tipo de indenização. Outras 54 mil famílias estão cadastradas e ainda não receberam indenização ou esperam confirmação de cadastro.

 O rejeito continua por lá, sem destino certo.

Dos 44 milhões de metros cúbicos de rejeitos da Barragem de Fundão, apenas 1,16 milhões ou seja  (2,6%) foram removidos dos leitos dos rios Doce, Gualaxo do Norte e do Carmo.

Dos 17 trechos dos cursos d’água soterrados pelos rejeitos, apenas 5 têm plano de destinação dos rejeitos aprovados pelo Comitê Interfederativo, que gerencia o termo de ajustamento para a reparação com a Fundação Renova.

A reparação segue lenta. E pouco a Fundação Renova fez em prol dos atingidos pelo rompimento de Fundão:  dos 42 programas de reparação gerenciados pela Fundação Renova, 39 têm problemas na execução, segundo o MPF. Ou seja, o crime da Samarco, Vale e BHP se renovam a cada ano. E as mineradoras seguem impunes.

Como está a saúde dos atingidos pelo Crime da Samarco?

Os atingidos pelo rompimento da barragem de Fundão apresentam enfermidades físicas e psicológicas. Houve aumento de 160% no consumo de medicamentos para depressão, ansiedade e insônia para lidar com sequelas psicológicas em Mariana (MG). Aumento de 15% no uso de medicamentos psicotrópicos nos 39 municípios atingidos entre Minas Gerais e Espírito Santo.

Houve aumento de 75%no registro de doenças respiratórias em Mariana. Muitas delas relacionadas a fatores de baixa imunidade segundo apontamentos médicos.

Segundo relatório da FGV houve grande aumento de incidência dos transtornos mentais, violência doméstica, acidentes por animais peçonhentos, uso de psicotrópicos e incidência de transtornos mentais. 

Cinco anos após a tragédia pouco foi feito para reparar os impactos nas vidas dos atingidos pelo rompimento da barragem de Fundão e para reparar os danos ambientais. Nesta data pedimos por justiça a todos os atingidos e reparação total ao meio ambiente.

 

 

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