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As vítimas da tragédia de Brumadinho foram homenageadas em Londres

Na noite do dia 24 de janeiro,  as vítimas do desastre do Brumadinho foram homenageadas em Londres, durante uma vigília solene em frente da Embaixada Brasileira. O evento lembrou um ano da  ruptura da barragem 1 da mineradora Vale S.A., que matou 272 pessoas. A homenagem foi organizada por uma rede de sociedade civil britânica, a London Mining Network (Rede Mineração de Londres).

Foto: Peter Marshal

Participaram familiares das vítimas,  militantes dos movimentos sociais, movimento negro e movimento pelo clima, e representantes de ONGs internacionais e da entidades da igreja, como Global Justice Now, Amnesty International e CAFOD.

Foto: Peter Marshal

Durante a comovente cerimônia, imagens das vítimas foram exibidas na calçada da Embaixada e iluminadas por velas. Todos os nomes das 270 vítimas foram pronunciadas nos várias sotaques dos participantes, inclusive do Reino Unido, Brasil, Filipinas e Zimbábue. Foram ouvidos o depoimento da irmã de uma vítima da tragédia e o testemunho de um pesquisador que teria visitado Brumadinho pouco tempo depois da tragédia.

Foi lido para os participantes uma mensagem enviada pelo Comitê Nacional em Defesa dos Territórios frente à Mineração.

Foto: Peter Marshal

Além dos participantes do ato, várias pessoas pararam para escutar, participar e ler a cartilha do evento, inclusive brasileiros, ingleses e outras pessoas de várias nacionalidades residentes em Londres.

A rede London Mining Network (Rede Mineração de Londres) publicou uma matéria com o título: Mariana não foi suficiente?

Marcando um ano da tragédia de  Brumadinho matéria descreve a tragédia, acontecida em 25 de janeiro de 2019, as homenagens que aconteceram em Brumadinho e destaca a vigília em Londres:

“Uma grupo de organizações esteve em vigília em Londres, incluindo London Mining Network, Brasileiros pela Democracia no Reino Unido, Anistia Internacional do Reino Unido e Global Justice Now. Leram os nomes das 272 pessoas que morreram, acenderam velas, ouviram os palestrantes, incluindo membros da cidade de Brumadinho que falaram sobre o impacto devastador do colapso da barragem sobre eles, pessoalmente e em sua comunidade. Julia Neiva, da Business and Human Rights Brazil, pediu prestação de contas à mineradora brasileira Vale e ao governo brasileiro, que está desregulamentando o setor de mineração, incentivando uma cultura de impunidade.””

A matéria também questiona se foi um desastre ou acidente. Leia: “Alguns moradores locais afetados pelo desastre chamam o que aconteceu de ‘crime corporativo’ – eles acreditam que a Vale é diretamente responsável. Os promotores públicos de Minas Gerais concordam com eles, acusando 16 pessoas em 21 de janeiro de assassinatos e crimes ambientais. Entre os acusados ​​estão o ex-executivo (CEO) da Vale, 10 funcionários da Vale e cinco funcionários da certificadora alemã TÜV SÜD, que confirmaram a segurança da estrutura da barragem”.

Foto: Peter Marshal

“Dissemos que isso aconteceria novamente, mas ninguém acreditou em nós. Com todo mundo com quem conversamos, fomos muito claros: isso acontecerá novamente. E Brumadinho não será o último. Porque é do interesse das empresas. Há um colapso e eles reparam o dano da maneira que escolherem, com o valor que escolherem. É como se eu tivesse matado alguém e decidido meu próprio castigo. – Mônica dos Santos, moradora de Mariana, cuja irmã morreu no colapso da barragem da Samarco no Brasil”.

Leia matéria completa (em Inglês): Aqui

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